sábado, 14 de janeiro de 2012

fins de ano, fins de festa e afins

Mais uma festa para ir. Os mesmos encontros sociais de sempre.. Oportunidade (palavra de peso) para execitar o discurso, a interação e a paciência. Mas o silêncio predomina e o inevitável ato da observação garante meu conforto/desconforto da noite..
Me sinto como num filme da Sofia Coppola. Como num grande caricato vergonhoso das relações humanas.
Conversas sobre... viagens, trabalhos, comidas, gente bonita, gente horrorosa e lugares horrorosos... futilidade preenchendo as coisas vazias.
Os convidados se personificam em seu alter ego favorito.
Os diálogos.. ficam cada vez mais pobres a cada taça de vinho - que nunca passam de 3 ou 4.
As frases prontas.. com litros de orgulho embutido, chegam ao limite do ridículo.

Eu lá no meio disso tudo, sem saber se observo ou finjo que participo. Participar? Não vejo vantagem. Mas uso meu personagem da comunicação, o reservado, para garantir minha passagem ilesa pela festa, oculta, quase como um fantasma, sem nada a ganhar ou perder.

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