sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

POEMA DO NÃO-SABER


Não sei. Não sei se me visto
e saio ou se fico nu e caio.
Não sei se faço de um jeito
ou de outra maneira.
Não sei se vou ficar tranquilo
ou me jogar da janela.

Não sei isso, não sei aquilo.
Passa o tempo e nunca sei
se é o momento certo.
Passam as pessoas e não sei
quem amar ou não amar.

Não sei se estudo coisas,
não sei dessas coisas.

Não sei se escrevo cartas
a ninguém ou a alguém.

Não sei se acredito em Deus
ou em deuses.
Não sei de nada de tudo que há.

Não sei como termino o poema
e não sei se ele já estava pronto.
Não sei se publico as lástimas
do dia que um dia foi um sonho.

Não sei. Não sei. Não sei.
Tudo isto me amola,
e não sei que horas são.

10/02/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)

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